O Brasil começou escrever ontem mais um capítulo da sua história elegendo Dilma Roussef. É um capítulo que traz muito em suas entrelinhas.
"Nunca antes na história deste país..."
Pois é, nunca houve uma mulher usando a faixa verde e amarela.
Eleger uma mulher - a primeira - presidente do país tem muitos significados. O principal deles pode ser resumido em uma única palavra: mudança.
Mudança de pensamento, de comportamento. Um sexo frágil na presidência é o reflexo de que a mentalidade das pessoas está mudando. Hoje a mulher não é mais aquela dos idos tempos dos barões do café que nem sequer o marido elas podiam escolher.Agora elas conquistaram o "seu lugar ao sol" e a confirmação desta conquista é uma mulher governando o país, chegando ao posto mais alto da política.
Mas não é só isso.
Eleger Dilma é a prova que time que está ganhando não se mexe.
Ora, temos que reconhecer que Lula, apesar de todos os escândalos, agradou e muito. Caso contrário não estaria há 08 anos no poder e muito menos elegeria uma sucessora.
Vale lembrar que escândalos não são privilégios de um ou outro governo pois sempre existiram e infelizmente ainda existirão.
Escrevo sobre a vitória de Dilma com a mesma emoção que escrevi sobre a do Lula quando da sua primeira eleição e uso uma frase da crônica que fiz naquela época: poder burguês foi ao chão.
Dilma no poder significa que o povo - leia-se a massa, o povão - continua tendo vez e voz.
Os números expressivos de sua vitória é a prova disso.
Claro que a presidente eleita não tem o mesmo carisma do atual dono da faixa presidenciável, mas ela tem seus méritos, afinal ela nunca foi vereadora, prefeita, deputada, nada, acho que nem síndica de prédio e no entanto, derrotou com louvor o ex-prefeito, ex- governador, ex-não-sei-mais-o quê, um homem com tradição política, com história política.
Esperamos que ela faça valer a confiança que o país depositou nela. Que ela use todas as qualidades peculiares às mulheres para governar este país com atenção, discernimento, perspicácia, pulso firme, com um olhar que só as mulheres tem.
E que ela prove a cada dia que ser presidente é sim, coisa de mulher.
Mais que as questõem em voga nesta postagem e que certamente vão acompanhar o cenário político brasileiro, gostaria de parabenizar a escritora pela primazia da escrita. Faço votos!
ResponderExcluirMuito obrigada, Antonio
ResponderExcluirÉ isso aí Neliana! A Tucanada e a ala conservadora da Igreja viu uma mulher subindo ao poder. Se com o sindicalista Lula tivemos uma "vitória de classe", com a mulher Dilma, tivemos a "vitória de gênero"! Aliás, a nossa presidenta Dilma conta porque botou a frase "a mulher pode" no 1º discurso como presidenta elita. Foi fruto da pergunta de uma menina de 8 anos pra ela: "mas mulher pode?"
ResponderExcluirEstamos juntos Neliana, pro Brasil, Minas, Juiz de Fora e Muriaé seguir mudando... Em Muriaé requer uma mudança de cultura política! Não desista!
Bjão no coração... até +