terça-feira, 6 de setembro de 2016

EVOÉ!!!

O ator é de onde a arte está.

Acordei com esta frase no meu ouvido. Aliás, ontem à noite ela já estava ecoando na minha cabeça.
E é isso. O ator não pode ter dono ou casa. Não pode ter amarras. Não pode muito menos ter pudores. Pudica, só se for em personagens.
O ator é apenas um corpo a ser emprestado. Uma espécie de recipiente que guarda algo mágico.
E essa magia - como toda magia que se preza - transcende o ator. E é exatamente assim que tem que ser: deixarmos de ser nós para sermos quem a arte quer que sejamos.
No palco, seja ele qual for, quem deve brilhar é o personagem. Nós temos que nos esvaziarmos de nós e nos enchermos dele. Ou melhor, nos transbordarmos dele. 
O ator não pode ser limitado. A ninguém e a nada. Ele precisa sim, reconhecer seus limites para então ultrapassá-los.
Ouvi do meu professor de teatro (Paulo Rhasta, óh você aqui, rsrsrs) que "o ator não é ser humano, é mais do que isso." E não é que ele tem razão?
Temos que ser mais. Porque se não formos, a arte será menos. 
E a arte, ahhhh, essa nunca pode ser menos.







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